Clea Shearer inicia uma nova transição em sua vida e parte fundamental dessa etapa é conscientizar as mulheres sobre o diagnóstico e tratamento oportuno do câncer de mama. A estrela da Netflix é uma sobrevivente da doença, detectada um ano depois de perceber um sinal que ignorou na época.
7 meses se passaram desde que a apresentadora do The home edit informou ao público sobre a condição e começou a batalha para se livrar do câncer de mama. A viagem consistiu em operações, medicação oncológica e radiação.
Embora a certeza do carcinoma fosse uma notícia devastadora, a apresentadora resolveu assumir o controle e salvar sua vida:
Se eu não tivesse assumido isso sozinho, estaria em uma situação completamente diferente.
A suspeita de Clea Shearer se materializou em um diagnóstico
No verão de 2021, o corpo revelou um primeiro sinal, mas o alerta não caiu na cabeça do apresentador da plataforma de streaming. Ela considerou que o caroço em seu seio não era motivo de angústia; além disso, não havia outras indicações de que algo estava errado com sua saúde.
No final de fevereiro de 2022, um autoexame das mamas disparou os alarmes para a mulher de 40 anos. Não era mais 1, mas 2 pedaços que ela compara a uma pedra. Para descartar qualquer suspeita, ela discutiu com seu médico e as avaliações continuaram imediatamente.
A princípio, fariam uma mamografia, mas valia a pena complementar com uma ultrassonografia. O laudo da ultrassonografia referia imagens preocupantes, levando a uma tríplice biopsia de urgência. Tudo aconteceu no mesmo dia: 8 de março, data em que os exames confirmaram ao organizador profissional que ela tinha câncer.
Câncer de mama: o que mais afeta as mulheres
O crescimento descontrolado das células da mama causa o câncer de mama. Assim explica a American Cancer Society, referindo-se ao tumor palpável e visível por meio de um raio-X.
Existem vários tipos de tumores malignos nas mamas e vários estágios. Carcinomas ductais in situ (CDIS) e invasivos são os tipos mais comuns.
Da mesma forma, existem os menos frequentes, como o angiossarcoma e os fibroadenomas gigantes. O primeiro apresenta nódulos indolores de tonalidade arroxeada e o segundo é um tumor com risco de necrotizar e ulcerar, conforme relatado no Venezuelan Journal of Oncology e no Chilean Journal of Radiology.
A bibliografia relacionada à patologia enfatiza que o câncer de mama ocupa a segunda posição de letalidade entre as mulheres. Por seu lado, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que, até 2020, a taxa de mortes associadas a esta doença terá diminuído 40% em alguns países.
Diante desse cenário, uma campanha da OMS promove a detecção precoce, o diagnóstico oportuno e o tratamento abrangente do câncer de mama. Tudo para reduzir o índice anual de mortes por essa causa.
Detecção
É precisamente a descoberta precoce que supera os estragos da doença. Embora o autoexame não tenha eficácia comprovada na redução da mortalidade, ele é listado como método diagnóstico muitas vezes responsável pelo primeiro alerta.
Mamografia, ultrassom e ressonância magnética são listados pelo Sinergia Medical Journal como outros métodos para uma opinião médica em relação ao câncer.
Em contextos com recursos suficientes, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) sugere o agendamento do rastreamento com mamografia a cada 2 anos. Para configurações cujos recursos limitam a imagem, o exame clínico é uma opção. As idades de início dessas consultas variam de acordo com as diretrizes de saúde de cada país.
Fatores de risco
As massas mamárias tendem a ser consideradas normais, já que a maioria é benigna e não se espalha para fora das mamas. No entanto, esses caroços aumentam as chances de câncer.
Entre as circunstâncias que aumentam o risco estão a idade, histórico familiar, mutações genéticas e outras patologias anteriores das mamas, segundo informações dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças.
O câncer de mama é mais comum em mulheres, mas os homens também podem contrair.
Sintomas que não devem passar despercebidos
A falta de histórico familiar e sua idade fizeram Shearer pensar que um diagnóstico de câncer era impossível. Mas a partir da detecção, os sintomas foram mais evidentes.
As referências da Mayo Clinic e da revista ARBOR incluem o seguinte entre os sintomas do câncer de mama:
- Nódulos axilares.
- Inversão do mamilo.
- Inchaço do braço.
- Secreções do mamilo.
- Espessamento ou caroços na mama.
- Vermelhidão e buracos na pele da mama.
- Escaras e descamação da aréola e da pele da mama.
No entanto, os médicos concordam com a possibilidade de a paciente confundir os sinais, levando em consideração os tumores benignos nas mamas antes da menopausa.
Qual foi o tratamento que Clea Shearer recebeu para câncer de mama?
Um mês após a detecção, Clea Shearer foi submetida a uma cirurgia de 9 horas na qual realizaram uma mastectomia bilateral. Uma semana depois, ela foi internado novamente na sala de cirurgia para outra operação, porque a pele começou a necrosar.
Seguiram-se vinte semanas de quimioterapia com Adriamicina ® e paclitaxel. Isso foi complementado por 5 semanas de radioterapia e terapia hormonal, que juntos desencadearam efeitos colaterais potentes.
O National Cancer Institute detalha que essas reações ocorrem quando o tratamento afeta órgãos e tecidos saudáveis. Normalmente, os pacientes tendem a experimentar o seguinte:
- Dor.
- Fadiga.
- Anemia.
- Alopecia.
- Prisão de ventre.
- Falta de apetite.
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Após a doença, Clea Shearer está pronta para sua nova vida
Clea Shearer “tocou a campainha” e está livre do câncer. Foi um ano difícil e o artista sabe que a luta não acabou, que agora mais do que nunca é preciso estar atento aos alertas.
Ela quer fazer de seu caso uma experiência útil que estimule as mulheres a dedicarem mais tempo à saúde. Nesse sentido, ela lançou o Clea Shearer Breast Cancer Research Fund, uma organização que promove a detecção precoce por meio de serviços acessíveis.
Ao divulgar sua campanha, Shearer planeja aproveitar a família, os amigos e a nova oportunidade que a vida lhe oferece.
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